Romário dá exemplo!
‘A Ivy é uma dádiva, um presente’
Romário promete ir ao lançamento da campanha “Ser diferente é Normal”, hoje, no Galeria Gourmet. O jogador falou sobre as mudanças desde que nasceu Ivy, há um mês e quinze dias, com síndrome de Down:
Você pareceu assustado quando soube que Ivy era portadora da síndrome. Como está agora?
ROMÁRIO: Eu acompanhei o parto e correu tudo normal. Ninguém sabia. Meia hora depois o médico me chamou e avisou que ela poderia ser portadora da síndrome. Foi estranho. Depois fiquei mais tranqüilo. Hoje agradeço a Papai do Céu.
Como ela está?
ROMÁRIO: Por enquanto ela é como qualquer outro bebê: mama, dorme, chora. A Moniquinha ajuda a cuidar dela. O Romarinho tá amarradão. O Rafinha e a Belinha não entendem porque são pequenos.
Seus filhos têm apelidos. Qual o da Ivy?
ROMÁRIO: Princesinha e também Chininha por causa dos olhinhos.
O que ela mudou em você?
ROMÁRIO: É uma dádiva, um presente. Sou cara mais alegre, paciente e tolerante. Entendo mais a vida.
Você está informado sobre a síndrome de Down?
ROMÁRIO: Ainda sou um ignorante. Li sobre o assunto. Mas tenho muito o que aprender.
O que te preocupa?
ROMÁRIO: Acho que tem muito preconceito, principalmente por parte dos pais. Vejo que alguns pais de filhos portadores da síndrome escondem os filhos, não falam sobre isso. Quero mostrar que é normal.
Como será o tratamento (orientado pelo geneticista Juan Llerena)?
ROMÁRIO: Daqui a dois meses, ela começa tratamentos, fisioterapia.
A gravidez foi tranqüila?
ROMÁRIO: Quando a Isabela estava com três meses, fez uma ultra-sonografia de translucência nucal. O resultado estava um pouco acima do normal (o limite é de 2,5 mm, o exame de Ivy deu 4,2). Daí fizemos biópsia de vilo coriônico (que detecta modificações nos cromossomos) e deu 98% de chance de estar tudo bem. Ficamos tranqüilos.
Você pensa em apoiar ONGs?
ROMÁRIO: Encomendei 100 mil pulseiras vermelhas da China que trazem escrito “Special love”. Vou vender, a renda será para instituições.